segunda-feira, 2 de abril de 2018

Emma Hepburn Ferrer, chega ao Brasil para o Cine Fest RN em natal.

O mundo fashion bem como as novas gerações de cinéfilos são eternamente apaixonados por Audrey Hepburn e pelas suas fundamentais criações e inspirações para o universo da moda num âmbito mundial, é bom saber que Emma Kathleen Hepburn Ferrer, neta da atriz e do carismático ator Mel Ferrer (de Lili, com Leslie Caron, 1953, entre outros) chega mais uma vez ao Brasil como convidada de honra do colunista Toinho Silveira, presidente de honra da primeira edição do Cine Fest RN em Natal. Emma chega com o estilista Geová Rodrigues, atualmente um dos mais celebrados no cenário fashion internacional.
Filha de Sean Hepburn Ferrer, o primogênito de Audrey e Mel, a jovem, de 23 anos, nasceu na Suíça um ano depois da morte da avó, em 1993. Ou seja não se conheceram.
Acima e abaixo: a lenda Audrey Hebburn que nunca veio ao Brasil.


Emma Hepburn Ferrer.

Apesar de não ter tido nenhum contato, Emma seguiu alguns passos da avó. Ela, que cresceu entre os Estados Unidos, Inglaterra e Itália.
Os avós de Emma: Audrey Hepburn e Mel Ferrer: casamento tempestuoso.

Uma das últimas imagens de Audrey Hepburn

Além disso, Emma estudou artes plásticas na The Florence Acaddemy Of Art, que é considerada a melhor escola de pintura tradicional do mundo. E em conjunto com o pai Sean (que também chegou a atuar em alguns filmes sem maior importância), está escrevendo o livro "Audrey’s Closet". A obra conta sobre os motivos que transformaram Audrey em ícone fashion do século XX.
Emma, celebrada em revistas internacionais.
Musa de Hubert de Givenchy (falecido recentemente)Audrey é consagrada por diversos papéis no cinema, sendo um deles em Bonequinha de Luxo.Audrey faleceu de câncer e hoje é uma das lembranças mais glamurosas do legado de Hollywood, ao lado de sua intensa atividade humanitária em pelo exercício nos anos 90, época de sua fatal moléstia.
 Emma a exemplo de sua icônica e sublime avó é porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
Emma aos 23 anos chega parao Cine Fest RN. Foto de Cristopher Peterson.
____

O Cine Fest RN promete colocar o Estado potiguar no mapa dos grandes festivais de cinema do país. O lançamento do Festival acontecerá no próximo dia 3 de abril. E o evento receberá atores e curadores de prestígio nacional. Entre os nomes confirmados estão o do crítico de cinema Rubens Ewald Filho, do ator Anselmo Vasconcellos e da neta da atriz Audrey Hepburn, a também atriz, escritora e pintora Emma Hepburn Ferrer.

Festival de cinema em Natal promete ser um dos maiores do Nordeste

Tatiane Fernandes, produtora do Cine Fest e Fernando Soares, idealizador do evento.


O evento - uma realização do Governo do Estado via Secretaria de Estado do Turismo do RN, e da Engady Cine Video, com recursos do Banco Mundial por meio do Governo Cidadão – acontecerá entre os dias 24 e 29 de abril, com exibição de filmes inéditos no circuito potiguar nas salas do Cinemark Natal. Mostras itinerantes acontecerão nas zonas Sul e Norte da capital, e também na praia de Pipa, com três dias de exibição em cada local.
O Festival será composto por Mostra Competitiva de Longas Nacionais, Mostra Competitiva de Curtas Nacionais e Mostra Competitiva de Curtas Potiguares. Além das mostras de cinema, será promovido o concurso fotográfico com temática sobre o Rio Grande do Norte, intitulado ‘Turismo e Cultura no Elefante’. As melhores obras serão premiadas e integrarão a exposição Cultura no RN, à mostra no saguão do shopping Midway Mall.
“Eventos culturais são importantes ferramentas de marketing cultural e turístico. Um exemplo é Gramado, cujo festival de cinema se tornou marca mundial”, frisou o secretário estadual de Turismo, Ruy Gaspar. “Queremos consolidar Natal e o RN como destino cultural, e também mostrar nossa produção audiovisual aos grandes produtores”, ressalta Edson Soares, diretor da Engady Cine Video.
No decorrer do evento também serão promovidos seminário sobre produção audiovisual e curso de preparação de atores. O seminário contará com o crítico Rubens Ewald Filho, além de representantes da Agência Nacional de Cinema (Ancine), produtores e atores. Já o curso, com três dias de duração, será ministrado pelo tarimbado ator global e protagonista de tantos filmes nacionais, Anselmo Vasconcellos.
PREMIAÇÕES
A Engady Cine Video instituirá o Conselho Curador. O renomado crítico de cinema Rubens Ewald Filho será o presidente do Júri Oficial. O Conselho selecionará os filmes inscritos no site do Festival. Serão escolhidos cinco filmes longa-metragem nacionais, dez curtas nacionais, e outros dez curtas potiguares. Todos produzidos entre outubro de 2016 e março de 2018 e ainda sem exibição comercial.
Para a mostra competitiva de longas, serão premiados o Melhor filme (R$ 5 mil), Melhor diretor (R$ 3 mil), Melhor ator (R$ 3 mil) e Melhor atriz (R$ 3 mil). Na mostra competitiva de curtas nacionais, o melhor filme receberá R$ 3 mil. E na mostra competitiva de curtas potiguares, serão premiados o Melhor curta (R$ 3 mil), Melhor diretor (R$ 2 mil), Melhor roteirista (R$ 2 mil), Melhor ator (R$ 2 mil) e Melhor atriz (R$ 2 mil).
No caso do concurso fotográfico, a curadoria coordenada por associações e coletivos de fotógrafos do Estado selecionará dez fotos entre as inscritas no site. Todas elas integrarão a exposição Cultura no RN instalada no saguão do Cinemark Natal e receberão certificado de seleção do Festival. A premiação em dinheiro será distribuída ao primeiro colocado (R$ 3 mil), segundo colocado (R$ 1,5 mil) e terceiro lugar (R$ 1 mil).
Fernando Soares, idealizador do Cine Fest RN
+++
Emma Ferrer, por O Globo (RJ)
RIO, 2017 - Na foto desta matéria, Emma Ferrer, 23 anos, veste uma versão, criada pelo estilista potiguar Geová Rodrigues, do chapéu usado por sua avó, a atriz Audrey Hepburn, no filme “Minha bela dama” (1964). Na fotogaleria, ela surge com um pretinho da UMA. Mas Emma está bem longe das vitrines da Tiffany, na nova-iorquina Quinta Avenida, onde Audrey filmou há décadas a cena inaugural de “Bonequinha de luxo” (1961), mas com um little black dress assinado por Hubert de Givenchy. Emma, a neta, posa no West Village.
— As pessoas falam com carinho sobre a Nova York da era da minha avó. Algumas dizem que era um lugar louco, perigoso e sujo, que você não podia andar sozinho. Outras afirmam que era o centro do mundo. Muita gente ainda concordaria com esses pontos de vista. Minha experiência com a cidade é certamente diferente — observa Emma, moradora do East Village. — O último bairro a permanecer “autêntico” no local, uma janela para o passado. Espero que permaneça desse jeito para sempre.
Filha de Sean Hepburn Ferrer, o primogênito de Audrey, Emma não teve contato com a avó, que morreu em 1993, aos 63, um ano antes de seu nascimento. Ela conta que foi um longo processo conectar a imagem da mulher que estava no álbum de fotos da família com a que encontrava em bolsas e nos cartazes de filmes.
— Num primeiro momento, não entendia que minha avó era uma das mulheres mais famosas que já andou pelo planeta — comenta. — Mas não é um fardo ser sua neta. É uma grande benção. Tenho, no entanto, a minha própria personalidade. É importante que gostem de mim por quem eu sou. Mas vivo todos os dias com a esperança de deixá-la orgulhosa.
Emma cresceu ouvindo do pai histórias engraçadas sobre Audrey:
— Ela, por exemplo, tratava todos como estrelas de cinema, mas jamais agia como uma. No set, minha avó também cozinhava grandes pratos de macarrão para a equipe. Ela era assim. Queria tê-la conhecido por essas razões. Penso em seu sorriso, em suas gargalhadas, em sua generosidade, em sua compaixão, no formato de seus olhos, em seus longos e delicados braços, e em como teria sido ser abraçada por ela.
LIVRO SOBRE A AVÓ

— Percebemos que isso aconteceu porque minha avó era simplesmente ela mesma. Sabia o que gostava, o que caía bem em seu corpo. Ela nunca foi escrava de tendências — explica.Há algum tempo, Emma anda debatendo o estilo da avó com o pai. Juntos, eles estão escrevendo o livro “Audrey’s Closet”, com lançamento previsto para 2018. É uma análise dos motivos que transformaram a atriz em ícone da moda feminina do século XX.
Do guarda-roupa de Audrey Hepburn, Emma herdou uma gola rulê (“Que visto durante o inverno inteiro”, entrega) e um colar com 17 pequenos corações de ouro. (Fonte O Globo, RJ)

— É tão rico, com todas as cores, os tecidos, a música e, é claro, Paris.
Aliás, a jovem começou a seguir os passos da avó: acabou de rodar a sua primeira película, “The man in the attic”, que deve estrear no outono americano. É uma obra independente:
— Tenho mais projetos. É um universo novo e excitante, pelo qual estou me apaixonando rapidamente.
Emma concluiu que sua missão na vida é ser “artista”. Hoje, ela se define como atriz, escritora e pintora:
— Nem lembro desde quando desenho. Se não tinha papel, esfregava folhas na calçada. No ensino médio, descobri que isso poderia ser uma profissão. Após o colégio, fui aceita na The Florence Academy Of Art, provavelmente a melhor escola de pintura tradicional do mundo. Passei quatro anos estudando as técnicas dos grandes mestres: Rembrandt, Diego Velázquez... Nesse período, meu trabalho era figurativo, muito naturalista e rigoroso. Agora, estou encontrando a minha voz artística. Minha obra está “mais solta”, inspirada nas poesias que escrevo.
Ainda existe a moda em seu caminho. Emma garante que não é uma típica modelo. Ela protagoniza editoriais e campanhas de beleza à medida que os convites chegam:
— Honestamente, não acompanho a indústria fashion. Eu sei, é uma raridade para alguém da minha idade, com meus antecedentes, vivendo em Nova York e sendo uma manequim. É importante que os estilistas se chamem de artistas, mas que entendam que a peça precisa ser prática. Atualmente, a Valentino (comandada por Pierpaolo Piccioli) faz coisas bonitas. O que Riccardo Tisci criou na Givenchy foi espetacular — avalia Emma, uma ativista de causas humanitárias como foi Audrey, que apoiava o Unicef. — Sou porta-voz do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) pelos direitos e conscientização dos refugiados — aponta.
Nascida na Suíça, Emma tem passaportes britânico e americano, mas confessa que se sente italiana, já que passou boa parte de sua trajetória em Florença.

Nenhum comentário:

Postar um comentário